Entrelaçamento quântico é feito entre objetos grandes e diferentes

por quantumenergy

26 de Março de 2021 - 13h53

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Entrelaçamento

Uma equipe de físicos da Dinamarca conseguiu entrelaçar dois objetos quânticos muito diferentes e distantes um do outro.

O entrelaçamento - ou emaranhamento - é a base da comunicação quântica e dos sensores mais precisos que existem, e pode ser entendido como um elo entre dois objetos que os faz se comportarem como se fossem um único objeto - tudo o que acontece com um afeta instantaneamente o outro.

Tipicamente feito entre fótons ou entre átomos, o entrelaçamento quântico está também na base da computação quântica.

Entrelaçamento heterogêneo

Agora, pesquisadores do Instituto Niels Bohr e da Universidade de Copenhague conseguiram fazer com que dois objetos distantes e distintos se entrelaçassem.

Um dos objetos é um oscilador mecânico - uma membrana vibratória - e o outro é uma nuvem de átomos ultrafrios. Usando fótons, ou partículas de luz, para interligar os dois sistemas, a equipe conseguiu fazer com que eles ficassem intrinsecamente interligados, ou seja, o que acontecer com um afetará imediatamente o outro - numa palavra, eles ficaram quanticamente entrelaçados.

E o bom disso é que os átomos podem ser úteis no processamento de informações quânticas, enquanto a membrana - ou sistemas quânticos mecânicos em geral - pode ser útil para o armazenamento de informações quânticas.

"Imagine as diferentes maneiras de criar estados quânticos como uma espécie de zoológico de diferentes realidades ou situações com qualidades e potenciais muito diferentes. Se, por exemplo, desejamos construir um aparelho de algum tipo, a fim de explorar as diferentes qualidades que todos eles possuam, e nos quais desempenhem funções diferentes e resolvam uma tarefa diferente, será necessário inventar uma linguagem que todos saibam falar. Os estados quânticos precisam ser capazes de se comunicar, para que possamos utilizar todo o potencial do aparelho. Isso é o que este entrelaçamento entre dois elementos no zoológico mostrou que agora somos capazes de fazer," ilustrou o pesquisador Christoffer Ostfeldt.

"Com esta nova técnica, estamos a caminho de ultrapassar os limites das possibilidades de entrelaçamento. Quanto maiores os objetos, quanto mais distantes eles estiverem, quanto mais díspares forem, mais interessante se torna o entrelaçamento, tanto do ponto de vista fundamental quanto aplicado. Com este novo resultado, o entrelaçamento entre objetos muito diferentes tornou-se possível," completou o professor Eugene Polzik.

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